sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Projeto Setor 2.5

Setor dois e Meio


O projeto de Robótica com sucata estamos trabalahando com este modelo.


“O desafio é inovar os modelos de negócios e aplicá-los para produzir os resultados sociais desejados com economia e eficiência. Podemos criar uma alternativa poderosa: um setor privado movido pela consciência social, criado por empreendedores sociais".
Muhammad Yunus
Ganhador do Prêmio Nobel da Paz

O recente desenvolvimento de Empresas Sociais demonstra ser factível o alinhamento entre objetivos sociais e financeiros. Yunus revolucionou o mundo dos negócios e de projetos sociais com suas estratégias corporativas de negócios sociais, como a joint-venture Grameen Danone Foods e o Grameen Bank. O The 2,5 Sector Project se debruça no conceito trazido por Yunus de ‘Social Business Enterprise’ e pretende ir além.

Quando falamos de Empresas Sociais, referimo-nos à organizações que adotam estratégias com ou sem finalidade lucrativa para resolver problemas sociais. No entanto, o conceito de "Empresas Sociais" é ainda freqüentemente debatido mundo afora. No 2008 Skoll World Forum for Social Entrepreneurship muito se debateu sobre o conceito. Nos EUA, o conceito é aplicado a toda e qualquer organização voltada para resultados socias, dificultando realçar a ruptura, inovação e potencial do que aqui conceituaremos de "Empresas Sociais". Para exemplificar: será que podemos considerar uma empresa social uma empresa de comércio solidário ou empresa de inserção, ou ainda uma ONG tradicional?

1. Possuir claramente um propósito social: a missão da organização deve basear-se em objetivos sociais e sua gestão deve ser orientada para esse fim. (Mission driven organisation)

2. Adotar estratégias de negócios: a atividade-fim da empresa deve ser geradora de renda para a organização, assim como deve ser a principal ferramenta da organização para atingir seu propósito social. Isso se relaciona aos riscos econômicos e à sustentabilidade de qualquer iniciativa de negócios, uma vez que depende principalmente dos esforços de seus funcionários e empreendedores.

3. Possuir maior parte do quadro de funcionários como assalariados: essa questão está relacionada a sustentabilidade do negócio, uma vez que não conta com subsídios de mão-de-obra voluntária como acontece com muitas organizações sem fins lucrativos.

4. Permitir a distribuição de lucros: neste quesito há certa diferença conceitual com algumas instituições. Para muitos, a distribuição de lucros deve ser limitada ou não deve existir. Aqui, defendemos que, tirada a parcela reinvestida, a distribuição de lucros pode ser parcial ou total conforme estabelecido pela empresa. Assim, aumenta-se o potencial de atrair investidores, assim como o potencial de crescimento dos negócios. Ao analisar o setor, percebe-se que as empresas sociais muitas vezes assumem estruturas híbridas para potencializar seus impactos.

5. Processo de tomada de decisão baseado no propósito social: com isso pretende-se garantir que questões econômicas não sejam postas em primeiro plano quando da tomada de decisão. Garante-se assim o comprometimento da empresa com seu objetivo social. Os parâmetros para tomada de decisão devem ser orientados pelo crescimento do impacto social e não do lucro econômico.

6. Mensuração do sucesso pelo impacto social: como todo negócio, precisa haver indicadores e processos de mensuração do impacto social da organização. Do mesmo modo que empresas tradicionais utilizam indicadores como vendas, lucro, market-share, etc, os negócios sociais precisam medir seu desempenho pelo seu propósito: impacto social. Obviamente, como negócio, também pode, e deve, mensurar questões econômico-financeiras.


Mais informações e texto completo
http://www.redf.org/
http://projetosetor2emeio.blogspot.com/2008_04_01_archive.html

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